Oi pessoal!!!
Bom, infeliz não venho falar de algo legal, mas necessário. Um desabafo.
RACISMO
É, hoje eu assistindo a um vídeo da declaração do Seu Jorge sobre atos racistas que sofreu no Rio Grande do Sul, ouvi o seguinte comentário
“Aí Ai esse preto só quer confete”
Isso me doeu. É sério!
O pior é que fiquei com raiva de mim mesma, por não conseguir reagir.
Isso mesmo, fiquei sem resposta. Simplesmente travei.
Demorei alguns segundos para voltar ao “normal”, mas com certeza não sendo mais a mesma.
Sou negra.
Tenho muito orgulho da minha história.
Não quero pena, quero respeito!
Gente, como pode?
O ano é 2022 e, passando por isso?
Nunca vou me esquecer da primeira vez que fui olhada diferente, por ser negra.
Dói!
Dói muito e a bolha se quebra.
A bolha da minha criação, que sempre foi não ver cor de pele, mas sim carácter.
Na verdade, nunca foi discutido esse tema, pois minha família é tão miscigenado quanto esse Brasil. Somos pretos, indígenas e imigrantes europeus.
Tenho primos pretos com cabelos lisos, brancos com cabelos crespos, ruivos, olhos claros e escuros, orientais, etc.
Já questionaram meu relacionamento com um homem branco.
Já fui acompanhada por seguranças por toda a loja.
Já deixei de ser atendida, por receber olhares que me julgaram.
Já deixei de ir em lugares, por sentir que “não eram pra mim”.
Não é mimimi e não queremos confetes.
É realidade.
É crime!
É RACISMO!
E em 2022, ainda tem gente, e, muita gente que ainda não entendeu, porque não votar no 22… Ou será que entendeu, e, por isso mesmo, gostaria de voltar à viver em 1822?
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O ódio racial sempre aparece em épocas de crise. O odiador se vê como premiado: “que dizer que eu posso destilar meu veneno? Eba!”. O odiador é pequenino, claro. E frágil. E age tal e qual os proverbiais demônios bíblicos, sempre em grupo por que…bem, ele e ela são frágeis, quebradiços. É legião. Seu temor maior é ser objeto de riso, que todos possam lhe ver o traseiro aparecendo na calça rasgada. Ouso dizer que é feia a bunda do racista! Não, não é “mimimi”.
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